Arquivos de sites

Brasileirão 2013, começo capenga neste sábado

Estádio Mané Garrincha vai receber Santos x Flamengo (Lancenet/Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Amanhã começa o Brasileirão 2013, mas praticamente não se fala disso nas ruas, botecos ou rodas de amigos. Devido ao absurdo e extenso calendário do futebol brasileiro, onde partidas são disputadas por diversos torneios quase todos os dias e em todos os meses do ano, a competição mais importante acaba ficando relegada a um plano menor, tamanha a saturação e encavalamento dos jogos.

Uma pena, pois na minha opinião o Brasileiro é o melhor campeonato nacional de futebol do planeta, e fica atrás apenas da UEFA Champions League no meu ranking de melhor torneio anual de futebol. Inclusive na frente da Libertadores, mesmo que esta última tenha mais importância.

Repetindo o que fiz em 2012 e 2011, apresento abaixo minha previsão para o Brasileirão 2013. Dividirei os clubes em blocos, conforme a faixa em que acredito seguirão disputando até a rodada final, em 8 de dezembro. Uma das principais decisões da CBF, surpreendentemente positiva, foi a de acabar com os clássicos regionais nas últimas rodadas da competição, algo que fizeram nos últimos dois anos, devido à pressão que sofreram após as supostas entregadas de times paulistas em 2009, quando o Corinthians abriu as pernas para o Flamengo prejudicar o Palmeiras e o São Paulo, e em 2010 quando os dois prejudicados perderam em casa para o Fluminense, que disputava o título contra a galinhada. Apesar dos contextos terem sido muito diferentes, é indiscutível que houve suspeita legítima, mas é uma pena que, como de costume, tenham usado o remédio errado para corrigir o problema.

Aqui vão os clubes divididos por faixa de expectativa, mas neste ano reduzirei a apenas três, sem a faixa da Sulamericana:

1) Título: Corinthians, Atlético-MG, Fluminense, São Paulo, Grêmio e Botafogo

2) Libertadores: Internacional, Flamengo, Cruzeiro, Coritiba e Santos

3) Evitar rebaixamento: Goiás, Vasco da Gama, Atlético-PR, Vitória, Criciúma, Bahia, Ponte Preta, Portuguesa e Náutico

Um fato curioso desta edição é que, com exceção do Palmeiras e do Sport Recife, praticamente só temos times fortes e tradicionais na primeira divisão. Por isso que fui obrigado a juntar um monte de clube que vejo abaixo dos demais, e sem esperanças de ficar entre os quatro primeiros, na terceira faixa dos que lutam contra o rebaixamento. Este fator é um ótimo sinal para o porco, pois na minha opinião terá uma grande facilidade em subir de volta para a principal divisão, já que não vejo adversários na segundona.

Devidos aos fatores que afetam a competição, e que não são poucos (janela de transferências, Libertadores, Copa das Confederações, Copa do Brasil, Copa Sulamericana e contusões), fica difícil dar um prognóstico tão cedo, mas aqui vai meu palpite para o título. O campeão será o Corinthians, que deve perder o seu melhor jogador (Paulinho), mas creio que manterá quase todo o restante do time, tem um grupo fechado e bem preparado para uma competição como essa, e deverá empatar com meu Tricolor e com o Flamengo como os clubes com o maior número de títulos do Brasileirão, com seu sexto título.

Previsões futebolísticas – Campeonato Brasileiro 2012

Favoritos ao título do Brasileirão 2012 – Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com

Depois de meses de sofrimento, sendo obrigados a suportar os fraquíssimos campeonatos estaduais, chega a hora do futebol brasileiro começar pra valer, com o melhor campeonato de futebol do mundo, o Brasileirão. Esta será a décima temporada no formato de pontos corridos, sistema que ainda sofre críticas e na minha opinião ainda não está totalmente seguro, pois a cada ano aparecem novos interessados em acabar com esta fórmula, adotada em 99% das ligas nacionais mundo afora, para a adoção de finais.

Meus leitores sabem o quanto eu adoro playoffs e mata-matas, mas acho que o sistema de pontos corridos é o mais correto para ligas nacionais. Pra ser sincero, sou obrigado a dizer que até aceitaria a disputa de uma final, mas apenas com a classificação dos dois melhores colocados, e com vantagem para o de melhor campanha, dependendo da diferença de pontos existente. Se acabarem empatados em ponto, nenhuma vantagem (Odeio ver um time ser campeão por maior número de vitórias ou melhor saldo de gols. Para mim isto não faz nenhum sentido). Caso a diferença de pontos seja pequena (até 3 pontos, por exemplo), o primeiro teria a vantagem do empate. Em caso de diferença superior a 3 pontos, Ainda teria um saldo de gols, tipo 1 gol para 4/5 pontos de vantagem, 2 gols para 6/7, etc. E para finalizar, a partida única seria disputada no campo do primeiro colocado. Acabei de inventar esta “final”, portanto acho que deixar como está, nos pontos corridos, seria o mais fácil. Torço para que o calendário se estenda em mais uma data, pelo menos para uma partida desempate, em caso de pontuação igual. Algumas (poucas) ligas prevêem isso e acho bastante razoável.

A mais equilibrada liga nacional do planeta começa com a habitual lista de 3 a 5 favoritos, mais meia dúzia de “grandes” clubes que podem surpreender, e os tradicionais candidatos à degola. É praticamente unânime entre analistas e torcedores que o Santos é o melhor time do Brasil, logo à frente de Corinthians e Fluminense. Estes times são os principais candidatos ao título, e o Santos só não fica num nível acima devido à incompetência da CBF, que, apesar de ter melhorado muito neste aspecto, ainda (des)organiza o calendário, permitindo que se disputem rodadas do Brasileirão em datas FIFA, o que desfalca os principais times nacionais. Neste ano, os principais prejudicados serão Santos, São Paulo e Internacional, que cederão craques para amistosos e Jogos Olímpicos. O Corinthians, com seu time de jogadores nota 7, se beneficiará pelo elenco homogêneo e sem desfalques, o que o coloca ao lado do Santos nesta disputa elo caneco.

Como fiz em 2011, aqui vão meus palpites para a competição, primeiramente dividindo os clubes por nível de aspiração:

1) Título: Corinthians, Santos, Fluminense e Vasco da Gama

2) Libertadores: São Paulo, Internacional, Grêmio e Atlético-MG

3) Sulamericana: Palmeiras, Botafogo, Flamengo, Coritiba, Figueirense, Bahia e Cruzeiro

4) Evitar rebaixamento: Sport, Atlético-GO, Ponte Preta, Portuguesa e Náutico

Mais uma vez é com imensa tristeza que meu palpite é de que o Corinthians seja campeão. A razão está no fato de que esta competição premia a regularidade e alguns treinadores, como Muricy Ramalho e Tite, sabem conduzir uma equipe durante a maratona de jogos, extraindo o máximo dos jogadores e pressionando-os para jogar com vontade, o que geralmente resulta em vitória, na maioria das vezes magra e feia, mas que valem os mesmos três pontos de uma goleada. Outra grande vantagem está no fato de que o time é o único que sempre atua com casa cheia, e forte pressão da torcida, o que também costuma resultar em excelente  percentual de vitórias em casa.

Estarei de volta ao Brasil e pretendo fazer a minha parte, ajudando meu Tricolor nas partidas no Morumbi, e quem sabe consigo ver o tetra, já que quando saí do Brasil, em 2008, foi assim que deixei meu querido time.

Previsões futebolísticas – Última rodada do Brasileirão

Tite dando instruções ao time - Junior Lago/UOL

Após um mês afastado do blog, retornei para um rápido palpite e opinião sobre a rodada final do Campeonato Brasileiro.

Meus últimos comentários sobre o Brasileirão foram feitos em 11 de outubro, nesta coluna, quando faltavam dez rodadas para o final da competição, e havia considerado o Corinthians como o eventual campeão, algo que continuo acreditando. Pela fácil tabela que tinha, achava que o São Paulo poderia ser o principal rival, mas o time quase não pontuou neste período, com exceção das vitórias, em casa, sobre os dois piores times da tabela. Acompanhei de longe este campeonato, pois assisti muito poucos jogos, e minhas informações vêm das notícias que obtenho em diversos sites, mas fiquei contente com o desempenho dos dois concorrentes ao título, Corinthians e Vasco, pois mostraram força e disciplina durante toda a competição, e alcançaram uma pontuação que considero razoável, fato que não ocorreu nos últimos anos, especialmente em 2009, quando parecia que ninguém queria ser campeão, e o título sobrou para o Flamengo.

Todos sabem o quanto odeio a CBF, e suas decisões cretinas em diversos aspectos (coisa para outro post), e uma delas é o critério de desempate utilizado em suas competições. Não vejo mérito em maior número de vitórias, primeiro critério da entidade, especialmente depois que a FIFA, sabiamente, instituiu os 3 pontos ao invés dos tradicionais 2 pontos em caso de vitória, o que já deu uma grande vantagem e estímulo na busca de gols e resultados positivos. O segundo critério, utilizado na maioria das competições de futebol pelo mundo, é o saldo de gols, que considero mais justo, apesar de não ser meu favorito, pois pode criar situações de mala preta, onde um clube “abre” as pernas e permite um adversário enchê-lo de gols. Mas isto é difícil e raro, portanto o saldo de gols é um bom critério.

O Corinthians lidera com dois pontos de vantagem, e chegará ao título em caso de empate, por possuir mais vitórias que o Vasco. Antes que os gambás me xinguem, acho que eles merecem o título em caso de empate, pois levam a melhor no critério que considero mais justo para desempate em torneios deste tipo, que é o confronto direto, que na cabeça dos mandatários da CBF é apenas o quarto critério de desempate, atrás até de gols marcados. Confronto direto deveria ser a primeira alternativa pois é a única que envolve apenas as equipes em questão, eliminando ocorrências em jogos contra os demais clubes, e é o único critério onde os clubes podem ser comparados com clareza. O Corinthians venceu o Vasco em São Paulo e empatou no Rio de Janeiro, portanto deveria ter esta vantagem, mesmo que possuisse menor número de vitórias. Além do mais, merece o título por liderar o campeonato por 26 rodadas até agora, algo que não ocorria desde 2006, quando meu Tricolor querido liderou o campeonato por 28 rodadas.

Aqui vão meus palpites para este domingo (partidas em ordem de importância, na minha opinião):

Corinthians x Palmeiras – Empate

Vasco x Flamengo – Empate

Inter x Grêmio – Inter

Atlético-PR x Coritiba – Atlético-PR/Empate

Cruzeiro x Atlético-MG – Atlético-MG

Bahia x Ceará – Ceará

Avaí x Figueirense – Figueirense

São Paulo x Santos – São Paulo

Botafogo x Fluminense – Fluminense/Empate

Atlético-GO x América-MG – Atlético-GO

Desta forma, o campeão seria o Corinthians, as vagas na Libertadores ficariam com Vasco (já classificado pela Copa do Brasil), Fluminense, Flamengo e Inter. Os rebaixados seriam Avaí, América-MG, Atlético-PR e Cruzeiro, a maior vergonha deste ano no futebol brasileiro.

Vou torcer para que meus palpites se confirmem, com exceção dos jogos do Inter e Figueirense, onde prefiro que empatem ou percam, para que o São Paulo possa, sem merecer, classificar-se para a Libertadores 2012.

Tabela da Copa 2014

Tabela da Copa do Mundo de 2014

Tabela da Copa do Mundo de 2014 - FIFA.com

Faltando menos de mil dias para o início da Copa do Mundo de 2014, a FIFA anunciou na semana passada o formato da competição, e a tabela completa da Copa no Brasil. A tabela seguiu o memso formato das últimas quatro edições, quando foi aumentada para 32 seleções, e apesar das solicitações para que retornasse ao modelo de sedes fixas para os grupos, especialmente num país das dimensões do Brasil, a FIFA manteve o pinga-pinga entre os jogos, o que obrigará algumas seleções (especialmente o Brasil) a viajarem milhares de quilômetros entre as sedes do Sul e Norte do país.

Como paulistano, fico feliz com o fato da abertura ser em São Paulo, no que será a única partida da seleção na cidade. Tomara que seja contra um adversário bem fraco e que o time jogue bem, caso contrário o risco de vaias, bandeiras atiradas no gramado e baixaria é bem grande, fato que causará grande polêmica durante a competição, certamente com repercussão internacional. Me surpreendeu o fato do Brasil não atuar no Maracanã em nenhuma partida, independente da colocação no já definido Grupo A, até a decisão, que será no mesmo palco da tragédia de 1950. Achei um erro da organização, seja da CBF, COL ou FIFA, pois acho que o Brasil deveria jogar no Rio de Janeiro ao menos uma vez antes da final, que pode muito bem ser disputada por outras seleções.

Minha surpresa ficou para o privilégio recebido por Belo Horizonte e Fortaleza, que provavelmente receberão duas partidas da Seleção Brasileira, e pela quantidade de jogos em Brasília, que ao lado do Rio de Janeiro será a única sede com sete partidas. Aprovei o fato de termos apenas quatro partidas nas desnecessárias Manaus, Cuiabá e Natal, bem como o baixo número de jogos nas sedes do Sul, pois existe grande chance de termos baixas temperaturas durante a disputa da Copa. Para piorar a situação das cidades desprestigiadas, além de poucos jogos eleas ficaram com aqueles de menor importância, pois cada uma delas verá apenas um cabeça-de-chave durante a primeira fase, enquanto as principais sedes terão três partidas de cabeças-de-chave, algo que poderia ter sido evitado com uma equilibrada divisão e duas partidas das principais seleções em cada uma das doze sedes. Para confirmar ainda mais a diferença entre as cidades, a FIFA confirmou as queridinhas como palco da Copa das Confederações de 2013, que servirá de ensaio para o torneio de 2014.

Aproveito para trazer uma ótima novidade que a FIFA apresentou no mês passado, em seu site oficial, que é uma página moderna e repleta de funções interessantes para o meu querido Ranking da FIFA, que agora lista o detalhamento da pontuação dos países e as próximas partidas que serão disputadas, onde o usuário pode estimar a pontuaçõ futura com diversos resultados e prever a evolução do ranking.

Futebol brasileiro caindo pelas tabelas

Neymar disputa bola com o alemão Träsch, em mais uma derrota da Seleção- Reuters

Ouvi de um amigo, há alguns meses, que só fico metendo o pau no futebol brasileiro. Discordo dele, e de qualquer outro que pense assim. Tento acompanhar meu amado esporte com o máximo de isenção possível, e a única vantagem de estar fora do Brasil há 3 anos está no fato de que, atualmente, eu consigo ver as coisas com menos emoção, pois não tenho o desprazer de ver, ouvir ou ler asneiras por parte da fraca imprensa esportiva do país, que acaba criando rivalidades excessivas, exalta jogadores que nada (ou pouco) fizeram e estimula discórdias e até brigas.

Fui favorável à escolha de Mano Menezes quando a CBF o contratou há pouco mais de um ano, mas estou muito decepcionado com seu trabalho. Só que hoje tentarei cutucar uma ferida, que é o fato do futebol brasileiro já não ser mais o mesmo, razão de estarmos produzindo pouco, se compararmos às últimas décadas. A culpa desta situação é de todos nós, atletas, dirigentes, treinadores e torcedores.

Após a má-sorte dos times de Telê Santana nos anos 80, e juntando o início de uma verdadeira debandada de jogadores para a Europa desde então, o brasileiro (sim, você que está lendo) passou a valorizar os resultados e ignorar a importância do tradicional estilo de jogo bonito brasileiro. Começamos a imitar o estilo europeu de jogo, e cada vez mais fugimos das nossas características naturais, com leveza, alegria e irreverência. Esquecemos dos motivos pelos quais crescemos e nos tornamos apaixonados pelo futebol. O futebol que eu gosto é aquele em que os times buscam o gol e jogam limpo, onde geralmente o melhor vence. Respeito equipes defensivas, mas somente quando são claramente inferiores tecnicamente, o que não é o caso da nossa Seleção. Apesar de não culpá-lo por isso, este período negro se iniciou com a chegada de Ricardo Teixeira na CBF, no final dos anos 80. Lazaroni de início à este estilo, alternando bons e maus resultados na Copa América de 1989, Eliminatórias da Copa e finalmente na Copa do Mundo de 1990, quando o Brasil foi eliminado na única boa partida que fez, dominando a Argentina até Maradona ganhar o jogo no passe magistral para Caniggia, nos minutos finais do jogo. O horroroso Parreira piorou ainda mais a situação, conquistando o tetra em 1994 graças a seu time de volantes e o calor norte-americano, com o auxílio de sua competente equipe de preparação física, pois o Brasil era o único time que sempre estava inteiro no final das partidas.

No início dos anos 90, o próprio Telê Santana tornou-se venerado, após cinco anos de sucesso no meu querido Tricolor, mas se olharmos para seus times, veremos que eram muito mais defensivos dos que os esquadrões que o mesmo Telê comandou nos anos 70 e 80. O São Paulo jogava com dois volantes sem nenhum talento ofensivo ou de saída de jogo, e atuava basicamente nos contra-ataques. Ganhava pois tinha jogadores muito bons, em praticamente todas as posições, e até no banco de reservas.

Luxemburgo, que apesar de não concordar com a maioria das atitudes que toma, é para mim disparadamente o melhor treinador do Brasil de todos os tempos, poderia ser a solução, mas os problemas de falsidade nos documentos e a fatídica participação nas Olimpíadas de Sydney em 2000 o derrubaram. Mas seus times, especialmente em 1999, mostraram o Brasil que gostamos de ver, com jogadores habilidosos ao invés de brucutus, que foi o que vimos com o insuportável Felipão, ícone do que eu mais detesto no futebol brasileiro, defensor ferrenho do ganhar a qualquer custo. Enfeiou nosso time mas teve sucesso, em uma Copa do Mundo de entressafra onde ganhamos sem a menor dificuldade, pois contamos com o auge de craques fora-de-série como Ronaldo e Rivaldo, inspiradíssimos no verão asiático de 2002.

Voltando ao meu Tricolor, vem outro exemplo desta triste escolha do brasileiro. Sempre considerei o São Paulo um time que tentava destacar-se por um estilo bonito e ofensivo, juntamente com outras equipes cujos torcedores aprovam esta postura, especialmente o Palmeiras e o Santos. O São Paulo passou anos disputando títulos e ficando entre os primeiros nas competições que disputava, entre 1994 e 2005, mas sem grandes sucessos, amargando vice-campeonatos sucessivos. O time nem sempre era bom, mas muitas vezes foi crucificado por falhar na hora de decidir. Com a chegada de Muricy em 2006, conquistou três brasileiros seguidos, jogando um futebol quase insuportável, jogando na retranca e nos erros dos adversários e vencendo por placares magros.

Vou repetir o que digo sempre, mas para piorar esta situação de cópia do estilo europeu, aumentamos a distância das tradicionais origens ao colocar o comando do nosso futebol nas mãos, quase que exclusivamente, de gaúchos, em sua maioria defensores do jogo viril e combativo, onde 1×0 é goleada e, parafraseando o paulista Muricy, “quem quer ver espetáculo que vá ao teatro.”

Ouço “sábios” analistas, e o treinador, dizer que é uma fase de renivação. O time que deu vexame na Copa América e perdeu da Alemanha, com exceção de Neymar, não tinha nenhum garoto. Neymar nem era o mais novo em campo, e a média de idade dos alemães era pelo menos uns dois anos inferior à dos brasileiros.

Vai demorar muito para o Brasil deixar de figurar entre os melhores do mundo, mas isto é mais por culpa da completa falta de talento dos adversários, que de forma geral estão todos muito mais perto de nós do que em qualquer período, mas ainda assim são na maioria bastante inferiores. Outro fator é que, dois dos principais rivais históricos (Argentina e Itália) sofrem de problemas semelhantes aos nossos, o que abriu espaço para equipes como a Espanha e até a Holanda a assumirem o atual momento de domínio no futebol internacional. Por falar nisso, os holandeses devem assumir pela primeira vez o topo no próximo Ranking da FIFA, onde nosso time deve cair para sexto lugar, e daí pra frente, como também disse anteriormente, vai despencar que nem fruta madura. Parece piada, mas corremos o risco de não estar entre os 20 melhores do Ranking na metade de 2013, e certamente só seremos cabeça-de-chave em 2014 por ser o país-sede.

Infelizmente não vejo correção de rumo, no curto prazo, para esta lamentável tendência do Brasil revelar apenas zagueiros e volantes para o futebol internacional (em grandes clubes), e principalmente a inexistência de centroavantes e meias de criação. Era fã de Alexandre Pato mas já não tenho mais esperanças com ele, que não consegue marcar gols nem na minha falecida vovó. Gosto muito de Neymar, apesar de achar que ele precisa ser controlado, e acho que seu companheiro, o bichado Ganso, e o queridinho do meu Tricolor (Lucas) são absurdamente overrated. Ainda acho que a estúpida diretoria do SPFC se arrependerá por não vender logo esse moleque, que não joga nem 10% do que dizem por aí.

Enquanto isso, temos sorte de presenciar a maravilhosa equipe do Barcelona, que hoje bateu o arquirival (e freguês) Real Madrid, com outro show de bola sob comando de Lionel Messi, para desespero do insuportável, nojento e desleal treinador português José Mourinho, que como de costume, mandou seus jogadores apelar e baixar o sarrafo nos craques catalães, outra prova do seu baixo caráter e senso de esportividade.

Obrigado Senhor, por nos permitir este prazer de ver o Barça !