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Previsões esportivas – NBA 2011-2012
É hoje ! Após muito sofrimento e a preocupante sensação de que não teríamos NBA neste ano, as partes chegaram a um acordo no final de novembro e, neste dia de Natal a nova temporada da NBA se inicia, com cinco excelentes partidas entre todos os principais concorrentes ao título, especialmente com o confronto entre os finalistas de 2011, meu querido Miami Heat e nosso algoz, o Dallas Mavericks, merecido campeão na final de junho.
Devido ao locaute deste ano e a nova realidade pós-acordo entre a liga e os jogadores, a fase de contratações não teve muito impacto, pois foi curta e muitos times mantiveram-se cautelosos para poder avaliar melhor sobre como encarar as novas regras. As exceções ficaram por conta do New Orleans Hornets e Los Angeles Lakers. Os Hornets ficaram sem dono no ano passado, e são propriedade da liga, algo inusitado que criou uma situação bizarra na semana passada, quando o time foi pressionado pelo super-armador Chris Paul para que encontrasse um parceiro para trocá-lo, e quando os Lakers entraram na jogada juntamente com o Houston Rockets, numa super-troca envolvendo quase dez jogadores, o chefão da NBA, David Stern, melou a negociação por considerá-la prejudicial ao Hornets, e em nome dos demais donos do time, preferiu esperar por uma oferta mais justa e beneficial ao time, onde eles receberiam jogadores mais novos e promissores, bem como a oportunidade de se livrar de contratos longos e danosos, somados a oportunos draft picks. Esta oferta apareceu dias depois, e por parte do azarão Los Angeles Clippers, o tradicional saco de pancadas da NBA, que é indiscutivelmente a pior franquia da história da liga, com míseras aparições em playoffs e constantemente à sombra do arqui-rival, o vizinho Lakers, principal equipe da NBA ano após ano.
A oferta do Clippers era impossível de ser negada, pois ofereceu bons jogadores jovens e com contratos que favorecem o time, além de bons draft picks para 2012, quando a safra de jogadores universitários promete ser a melhor dos últimos tempos. Em menos de uma semana, os Clippers passaram de um bando de promessas fracassadas a um dos favoritos ao título da Conferência Oeste, pois agora possuem um elenco completo, liderado pelo melhor armador da NBA (Paul), o espetacular ala Blake Griffin e ainda os recém-contratados Chauncey Billups e Caron Butler, veteranos de muito talento e que já provaram saber vencer em diversas equipes, e pela primeira vez na história esse time conseguiu a façanha de ultrapassar os Lakers, tanto no foco da mídia quanto na opinião pública.
Antes de dar minhas opiniões, listo boas análises e previsões que foram apresentadas nesta semana pelos principais órgãos de mídia dos EUA, como a ESPN e Sports Illustrated. O especialista em estatísticas da NBA, John Hollinger da ESPN, também apresentou boas previsões, inclusive com o número de vitórias para cada equipe, que pode ser encontrado nestes links, para times do Leste e Oeste. A NBA sempre foi uma liga com grande abismo entre os times que brigam por título e o “resto”, algo até aceitável pela própria natureza do esporte, onde apenas 5 jogam e os melhores jogadores têm grande impacto no resultado, algo que ocorre em nível muito menor em esportes como o futebol, por exemplo. O consenso para esta temporada é que existem três grandes candidatos ao título (Heat, Chicago Bulls e Oklahoma City Thunder), mais os Mavericks, que vem logo atrás como o quarto favorito ao troféu. Daí pra baixo aparecem diversos times fortes, mas que ainda sofrem com a falta de alguma coisa para conquistar o título, e neste grupo aparecem os Lakers, Clippers, New York Knicks, Boston Celtics e Memphis Grizzlies. Duvido que os finalistas das conferências não estejam entre essas equipes, e se tivesse que incluir um décimo time para fechar este grupo, seria o Indiana Pacers, que considero o azarão desta temporada, pois surpreendeu em 2011 e fez boas adições para 2012, especialmente com o ótimo ala David West.
Aqui vão meus palpites para a classificação final das seis divisões, com os classificados aos playoffs em negrito:
Atlantic – Knicks, Celtics, 76ers, Nets e Raptors
Central – Bulls, Pacers, Bucks, Pistons e Cavaliers
Southeast – Heat, Magic, Hawks, Wizards e Bobcats
Pacific – Clippers, Lakers, Warriors, Suns e Kings
Northwest – Thunder, Nuggets, Blazers, Jazz e Timberwolves
Southwest – Mavericks, Grizzlies, Spurs, Rockets e Hornets
Meus palpites para os playoffs apresentarão duas repetições nas finais de conferência, com o Heat batendo o Bulls novamente, só que com o Thunder destronando os Mavericks no Oeste. Torcerei muito para que meu palpite se concretize, com o segundo titulo do Heat, em 4×2 contra o Thunder na final.
Semana maluca na NBA
A NBA tomou conta dos noticiários esportivos durante toda a última semana aqui nos EUA. Com a realização do All Star Game no final de semana passado, e a data limite para realização de trocas de jogadores na última terça-feira, foi um bombardeio de NBA na TV, nos jornais e principalmente na internet. Como apaixonado pela liga, é claro que me deliciei com toda esta movimentação.
Há anos que o All Star Game deixou de ser apenas um jogo festivo entre os principais atletas da liga, e tornou-se um grande evento social e esportivo, compreendendo diversas atividades entre a sexta-feira e o domingo. No total foram 10 eventos, como segue:
Sexta: D-League Dream Factory Friday Night (Three-Point Shootout e Slam Dunk Contest), BBVA Celebrity All-Star Game e T-Mobile Rookie Challenge
Sábado: NBA D-League All-Star Game, Haier Shooting Stars Competition, Taco Bell Skills Challenge, Foot Locker Three-Point Contest e Sprite Slam Dunk Contest
Domingo: 60th NBA All-Star Game
O fim de semana foi muito animado, com show do astro juvenil Justin Bieber, que surpreendeu e mostrou que sabe jogar basquete no Celebrity Game, levando as garotas ao delírio e sendo eleito o MVP da partida, mesmo com a derrota de seu time para o de Scottie Pippen, que levou o jogo muito à sério e até deu um toco em Bieber, uma verdadeira coverdia que pegou mal e foi muito criticada. Em seguida os rookies (calouros) bateram os desfalcados sophomores (segundo-anistas) por 148 a 140, e o MVP foi para o armador John Wall, que liderou os calouros com o recorde de 22 assistências. No sábado tivemos o dia mais animado, com mais um título para jogador do meu Miami Heat no Three-Point Contest, onde James Jones superou os arquirivais do Boston Celtics Ray Allen e Paul Pierce na rodada final. O ponto alto da noite foi o Slam Dunk Contest, onde Blake Griffin, do time da casa Los Angeles Clippers foi eleito o vencedor pelo voto popular. Griffin é a nova esperança de show na NBA, mas não deveria ter passado para a final, e muito menos vencido JaVale McGee, que fez enterradas muito mais complexas e espetaculares. Mas todos sabiam que a vitória de Griffin era carta marcada pela NBA, que está promovendo o jovem astro que nem louca.
Para finalizar, o Staples Center viu mais um show de seu principal artista no jogo de domingo. Kobe Bryant conquistou seu quarto MVP do All Star Game, com uma partida espetacular, onde fez 37 pontos, pegou impressionantes 14 rebotes e ainda roubou 3 bolas, liderando o time do Oeste na vitória por 148 a 143. Outros destaques ficaram por conta de Kevin Durant com 34 pontos e LeBron James, que fez o segundo triple-double da história do jogo, com 29 pontos, 12 rebotes e 10 assistências.
Como dá pra perceber, apesar da choradeira do comissário David Stern, que como de costume fez uma coletiva para descrever o estado da liga também no sábado, não faltam bons patrocinadores para a NBA. O assunto mais discutido foi o acordo entre o sindicato dos jogadores e a liga, que encerra no final desta temporada, e até o momento não houve renovação do mesmo. Os jogadores querem uma fatia maior das receitas, e com muitos times operando no vermelho, os proprietários querem mais poder sobre os atletas e limites mais restritos nos contratos, para que as novelas dos últimos anos, especialmente com LeBron James (The Decision) e Carmelo Anthony (Melodrama), não se repitam no futuro.
Quem achou que as emoções acabariam em Los Angeles não tinha idéia do que estava por vir na semana. Foram 14 trocas realizadas na segunda e terça, incluindo a maior troca de todos os tempos, entre New York Knicks, Denver Nuggets e Minnesota Timberwolves, que incluiu 13 jogadores, 3 escolhas do draft e 3 milhões de dólares. Os principais nomes desta troca foram Carmelo Anthony e Chauncey Billups, que agora representam os Knicks, e em troca os Nuggets receberam praticamente a metade dos jogadores de New York. Logo em seguida, o New Jersey Nets, que estava apostando tudo em Anthony, partiu para o ataque e desesperadamente obteve o cracaço Deron Williams, um dos melhores armadores da NBA, enviando dois bons jogadores, mais escolhas do draft e dinheiro para o Utah Jazz. Ainda houveram mais trocas interessantes, apesar de menos significativas que estas duas, com destaque para a curiosa troca dos Celtics, que despachou seu pivô Kendrick Perkins para Oklahoma City em troca do promissor ala Jeff Green. Foi uma troca de risco, pois Perkins é um especialista defensivo e sempre teve grande sucesso contra os principais pivôs rivais, e agora o Celtics terá que exigir mais de Kevin Garnett e torcer para um improvável renascimento de Shaquille O’Neal nos playoffs. A maioria dos analistas da NBA achou esta troca horrível para as pretensões de título do Boston, e agora só nos resta aguardar. Como de costume, o Houston Rockets fez excelentes trocas, obtendo uma grande promessa em Hasheem Thabeet. O Charlotte Bobcats continua sendo a piada da NBA, e Michael Jordan mostra a cada dia que é pior que Pelé. Foi maravilhoso como jogador, mas não sabe nada fora das quadras. Ele conseguiu acabar com um time que mostrou potencial na temporada passada, e nesta semana trocou o principal jogador do time, o ala Gerald Wallace, por um monte de lixo.
Agora vamos ver como os times se acertarão nesta reta final, que promete playoffs sensacionais, como há anos não vemos. Fiquei mais confiante no sucesso do meu Heat, mas ainda considero os Celtics um problema no Leste. Se o Orlando Magic conseguir acertar seu esquema de jogo, podem ser fortes candidatos ao título, pois Dwight Howard está jogando como nunca, e na minha opinião deveria ser um dos favoritos ao MVP da liga. No Oeste eu não acredito no San Antonio Spurs, apesar de serem atualmente os melhores da liga, e acho que o título fica entre Los Angeles Lakers e Dallas Mavericks. Thunder no Oeste e Chicago Bulls no Leste podem ser as surpresas, pois têm jovens times com muito talento, e devem ser pedras no sapato de qualquer adversário em maio. I love this game !
Hora da verdade no Mundial de Basquete-2010
A primeira fase do Mundial Masculino de Basquete – 2010 acabou ontem, com algumas partidas emocionantes e outras lamentáveis, pois alguns times já classificados ou eliminados atuaram com reservas ou sem motivação. O destaque foi para o Argentina e Sérvia, duas potências do basquete atual, que precisavam da vitória para fugir do lado dos EUA na tabela. A jovem Sérvia, com jogadores pouco conhecidos internacionalmente, mostrou talento e venceu os experientes argentinos por 84 x 82, com grande atuação de Dusko Savanovic.
O Brasil, após derrotas apertadas para EUA e Eslovênia, recuperou-se com uma sova na Croávia, por 92 x 74, com destaque para (engasgando…) Marcelinho Machado, que está jogando muito bem neste Mundial, aproveitando o pouco tempo em quadra com grande eficiência nos poucos arremessos que tenta, chutando percentual de 53%.
A tabela da fase final está bastante curiosa, pois as seleções da Europa caíram quase todas na parte de cima, deixando apenas Rússia e Lituânia no lado “americano” da tabela. Meus palpites para as oitavas-de-final são, com os vencedores em negrito:
Sérvia x Croácia
Espanha x Grécia
Eslovênia x Austrália
Turquia x França
EUA x Angola
Rússia x Nova Zelândia
Lituânia x China
Argentina x Brasil
Gostei muito dos confrontos desta fase, que com exceção do jogo dos EUA e Lituânia, deverão ser muito equilibrados ou com grande rivalidade, caso de Sérvia x Croácia e Argentina x Brasil, este último tanto equilibrado quanto com MUITA rivalidade. Creio que o Brasil aprendeu com as derrotas apertadas na primeira fase e, com ajuda do “espião” Rubén Magnano, iremos superar nossos vizinhos na próxima terça-feira, dia 7 de setembro, bem na nossa independência.
Apesar de não poder assistir muitos jogos, aqui vão os meus destaques, positivos e negativos, da primeira fase. Luis Scola continua sendo um monstro em competições FIBA, e na minha opinião é disparadamente o melhor jogador deste Mundial, logo à frente de Kevin Durant, que dispensa comentários com a facilidade com que consegue jogar basquete. Não sou daqueles que o considera melhor que LeBron James, ou mesmo Kobe Bryant e Dwyane Wade, mas acho que é certamente o quarto melhor jogador do mundo, e se continuar desenvolvendo seu jogo, especialmente na defesa, passará a rivalizar pela primeira posição em breve. Outros destaques foram o turco Ersan Ilyasova do Milwaukee Bucks, o pivô iraniano Hamed Haddadi do Memphis Grizzlies e o chinês Yi Jinlian do New Jersey Nets. Entre os armadores, gostei do nosso Marcelinho Huertas, mas acho que faltou consistência em suas apresentações.
Os destaques negativos vão para o espanhol Ricky Rubio, que na minha opinião JAMAIS irá atingir às expectativas criadas e, sinceramente não acredito que ele irá para a NBA, pois será um fiasco por aqui. O cara está arremessando com percentual de 28% neste campeonato, o que é uma vergonha. Outra decepção tem sido Hedo Turkoglu, que apesar de não ter jogado muito mal, está bem abaixo do seu potencial, principalmente por atuar em casa.
Entre as equipes, destaque para Angola, que se classificou vencendo a Alemanha, e mais uma vez para a Nova Zelândia, que joga feio e estranho, mas tem surpreendido nos últimos mundiais. O fiasco desta vez foi Porto Rico, que conseguiu a façanha de perder para a Costa do Marfim e ser eliminada precocemente, e a seleção do Canadá, que não conseguiu nenhuma vitória, jogando no grupo mais fraco do Mundial.
Meu novo palpite para a final é Turquia x EUA, com vitória americana em Istanbul.
PS: Esqueci de mencionar que o argentino Carlos Delfino, outro grande jogador deste Mundial e jogando bem no Milwaukee Bucks, está cada vez mais a cara do meu grande amigo e fã número um do Phoenix Suns, Artur Mascarenhas. 🙂