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A divertida temporada do World Team Tennis

Elenco do Kastles comemorando o título - Willis Bretz

Fui dormir tarde na noite deste domingo, pois fiquei até 1 da manhã acompanhando a decisão da temporada 2011 do World Team Tennis (WTT), competição criada em 1973 pela então tenista americana Billie Jean King juntamente com investidores, com o objetivo de oferecer um formato de tênis que permite a participação conjunta e em pé de igualdade entre homens e mulheres, com algumas adaptações que permitem uma maior interatividade entre os jogadores, torcedores e amantes do esporte.

A edição encerrada ontem foi a de número 36, e apesar de não ser muito conhecida ou divulgada pela mídia, sempre contou com a participação dos maiores nomes do tênis mundial, que prestigiam King e a competição durante o verão norte-americano. Neste ano participaram estrelas como as irmãs Serena e Venus Williams, monstros sagrados como Pete Sampras, John McEnroe e Bjorn Borg, a polêmica Martina Hingis e bons jogadores do circuito como James Blake, John Isner, a quase imbatível dupla Mike e Bob Bryan, Melanie Oudin e até o brasileiro Ricardo Mello, campeão do WTT em 2010 pelo Kansas City Explorers. As partidas são transmitidas pelo excelente Tennis Channel e por canais esportivos nas localidades que possuem equipes, e como moro perto da capital Washington, adotei o time local (Washington Kastles) quando descobri o WTT em 2009, quando a equipe conquistou seu ptimeiro título.

Os Kastles são uma equipe muito forte, pois seu proprietário é talvez o maior incentivador da competição, construindo um estádio próprio e contratando grandes estrelas para o elenco, que neste ano foi liderado pelas irmãs Williams e o ótimo duplista indiano Leander Paes, eleito o MVP da temporada ao lado da também grande duplista Liezel Huber, do St. Louis Aces. Essas equipes fizeram a final em Charleston, na Carolina do Sul, neste domingo, com vitória dos Kastles por 23 a 19, em mais de 8 horas de partida, devido a paralisação por chuva. O fato impressionante foi que a equipe campeã conseguiu este feito de forma invicta, pois ganhou os 14 jogos da fase de classificação, fechando o título com duas vitórias na fase final. E vale lembrar que não contou com as irmãs Williams, tendo a jovem e desconhecida russa Arina Rodionova como o grande destaque da final.

O WTT busca oferecer cada vez mais oportunidades para aproximar os tenistas do público fanático pelo esporte, e sempre trouxe grandes inovações, muitas delas copiadas e implementadas pelos órgãos oficiais do esporte, como novas idéias para tie-breaker, uso de replay e desafios. As regras de disputa são meio malucas, mas depois que consegui compreendê-las, vejo que fazem sentido. São disputadas 5 partidas entre cada equipe, sendo simples e duplas masculinas e femininas, e uma de dupla mista. Os games vão até quatro pontos, sem vantagem, e a equipe que chegar em 5 games primeiro vence cada parte da disputa. No final da quinta partida, a equipe perdedora tem a chance de recuperar-se em uma prorrogação. Aqui estão as regras, para quem ficou curioso.

Como de costume, foi um grande aperitivo para a temporada de quadra rápida do verão norte-americano, oferecendo alegria e boas disputas para os amantes do tênis, além de excelente oportunidade para jogadores desconhecidos, novatos ou veteranos de poder conquistar vitórias e exposição na mídia. Espero que em 2012 tenhamos novamente uma grande temporada do WTT.

The Glades: Diversão nas noites de domingo

Carlos e Jim em ação no terceiro episódio - Site: The Glades/A&E

Devido ao final de semana prolongado, tanto no Brasil quanto aqui nos EUA (hoje é Labor Day, talvez único país que comemora o Dia do Trabalho fora de 1o de Maio), praticamente não liguei o computador nos últimos dias, e vou falar do programa oficial meu e da Chris para os domingos à noite: assistir The Glades, recém-lançado seriado que estreou em julho na A&E.

Eu não costumo acompanhar seriados, mas normalmente sigo algum seriado por vez, mesmo que sem preocupação com perda de episódios. Desde que me mudei pros EUA, acompanhei Law & Order SVU, que já assistia no Brasil, e passei a assistir The Mentalist e Criminal Minds, esta última relativamente antiga, mas que eu desconhecia até meu pai me convencer de que valia a pena, na última vez que ele esteve por aqui, em maio. Na verdade a A&E transmite as temporadas antigas de Criminal Minds, em maratonas noturnas, e em um desses intervalos descobri The Glades.

A série, como o nome sugere, é passada na Flórida, em alguma região entre Miami, Fort Lauderdale e Palm Beach. O personagem central é Jim Longworth (Matt Passmore), um detetive de Chicago que decide abandonar os crimes pesados e “relaxar”, mas é surpreendido com a quantidade de crimes que ocorrem em sua jurisdição. Os demais destaques são o médico legista Carlos Sanchez (Carlos Gomez) e Callie Cargill (Kiele Sanchez), uma enfermeira aspirante a médica. O marido de Callie está preso, ela e Jim flertam em todos episódios, mas seu filho Jeff (Uriah Shelton), que adora Jim, não tira o pai da cabeça, tornando a relação praticamente impossível.

Eu não conhecia o australiano Matt Passmore, mas acho que está perfeito neste papel, pois Jim é engraçado, piadista, muito folgado mas altamente dedicado ao trabalho. Está com uma cerveja na mão em quase todas as cenas, mas não esconde seu lado vulnerável quando está ao lado de Callie, o que é curioso e totalmente realista. Kiele Sanchez atuou na terceira temporada de Lost, como a parceira do personagem de Rodrigo Santoro, mas como nunca assisti a série, também não conhecia a atriz. Caso a série chegue ao Brasil, recomendo para aqueles que curtem um programa leve e divertido, sem grandes pretensões em relação a interpretações marcantes ou enredos desafiadores.

Blogueiro na mídia neste fim de semana

Francisco Pires e Mila Burns - Blog Planeta Brasil

Hoje venho fazer um pouquinho de auto-promoção, referente a duas aparições na mídia internacional, ambas fortuitas e curiosas. A primeira ocorreu poucas horas atrás, quando fui citado na coluna de Greg Garber, colunista sênior da ESPN.com, que está cobrindo o tênis nesta temporada. Ele fez um desafio para promover o US Open, que começa na próxima semana, pedindo que os leitores enviassem seus palpites para a chave feminina e masculina, listando os confrontos e vencedores entre as quartas-de-final e final. Não haverá premiação, e conforme ele os vencedores recebrão somente o reconhecimento e menção em uma coluna.

Quando a chave foi divulgada ontem à tarde, preparei meu palpite e, antes de enviar o e-mail para Greg, transcrevi e formatei de forma caprichada, no Excel, para que tivesse uma apresentação decente. Para minha surpresa, recebi um e-mail dele no BlackBerry, durante o jantar numa pizzaria. Ele dizia-se surpreso e contente com o e-mail que enviei, pelo capricho do mesmo, e gostaria de mais detalhes sobre mim, para publicar numa coluna para publicação hoje. Enviei alguns dados interessantes e curiosos sobre mim, que apareceram neste link.

A próxima aparição deve ocorrer amanhã à noite, mas infelizmente poderá ser acompanhada apenas pelos assinantes da TV Globo Internacional (TVGI) (que não é meu caso, pois não existem tantos brasileiros na minha região e minha fornecedora de TV a Cabo, a Comcast, não disponibiliza a TVGI na minha cidade). Será no programa Planeta Brasil, que é transmitido aos sábados, a partir das 22h40. Fiquei sabendo que minha entrevista será apresentada amanhã por Elton Martins, um amigo da Chris que mandou um recado pra ela no facebook, dizendo que me viu na chamada.

O Planeta Brasil é um programa que percorre os EUA, parando em diversas cidades e contando um pouco da história local, e associando tudo aos brasileiros que moram em cada um desses locais. Estiveram aqui em Charlottesville no final de junho, e chegaram até mim pela amizade entre a apresentadora Mila Burns e meu amigo Maurício Reis, meu colega aqui no MBA de Darden.

Mila e o cinegrafista Francisco Reis, o Chico, passaram uma manhã comigo visitando alguns lugares famosos da cidade, como o Monticello (casa/fazenda do Thomas Jefferson), o Downtown Mall e o Lawn, coração da University of Virginia e local onde as principais atividades acontecem. Para aqueles que puderem assistir, espero que gostem. Tenho certeza de que a edição será bem feita e que eles irão fazer com que eu pareça um artista de Hollywood. 🙂