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Previsões esportivas – Wimbledon 2011

 

Mais um Grand Slam de tênis terá início neste final de semana, desta vez o mais importante de todos, o tradicional torneio de Wimbledon, que neste ano completa sua edição de número 125. Por coincidência, o destaque da primeira rodada ficará pelo duelo entre o americano John Isner e o francês Nicolas Mahut, que no ano passado enfrentaram-se na mesma primeira rodada de Wimbledon, no jogo mais longo da história do tênis, que durou 11 horas e 5 minutos, e foi disputado durante três dias. Devido ao fato de que não existe tie-break no quinto set em Wimbledon, Isner e Mahut levaram 8 horas e 11 minutos para decidir o jogo, com parcial de 70-68 favorável à Isner, que serviu 113 aces no jogo contra 103 de Mahut.

Após palpites razoáveis nas previsões para o Aberto da Austrália em janeiro e Aberto da França em maio, aqui vão meus palpites para o torneio inglês. Para o torneio feminino, a partir das quartas-de-final, com os semifinalistas em negrito e os finalistas em itálico:

Wozniacki x Sharapova / Li x S.Williams

Petkovic x Pavlyuchenkova / Kvitova x Zvonareva

Minha final feminina coloca frente a frente a bela, e recuperada, russa Maria Sharapova contra a talentosa, mas feiosa, checa Petra Kvitova. Ao contrário do que ocorre no tênis masculino, o momento do feminino é de total incerteza e ausência de jogadoras dominantes, portanto qualquer palpite acaba sendo um chute. Fiquei surpreso com os últimos resultados da Sharapova e creio que ela chega como favorita em Wimbledon, e acho que leva a taça. As pedras nos calçados das tenistas que coloquei nas quartas serão Goerges para Wozniacki, Stosur para Sharapova, Radwanska ou Ivanovic para Li, a insuportável e horrorosa Bartoli para Serena.

Na parte mais difícil de prever da chave, as veteranas Dokic e Schiavone serão páreo para Petkovic, e Pavlyuchenkova terá outras pedreiras com Hantuchova ou Azarenka. O problema para Kvitova pode vir com Kuznetsova e a vice-campeã do ano passado, Zvonareva, provavelmente terá que passar pela pentacampeã de Wimbledon, Venus Williams.

Aqui vão meus palpites a partir das quartas para a chave masculina:

Nadal x Berdych / Murray x Roddick

Tsonga x Federer / Soderling x Djokovic

Peço desculpas por não conseguir apresentar quase nenhuma surpresa nos oito das quartas, mas fica difícil achar uma surpresa no tênis masculino atualmente. Os únicos tenistas que pegaram uma chave mais chata foram Nadal e Murray, que estão voando e dificilmente sofrerão derrotas surpreendentes. Nadal deve ter um jogo chato na terceira rodada, contra o veterano Haas ou o novato Raonic, e nas oitavas outra pedreira, provavelmente o argentino Del Potro. Berdych não está muito bem em 2011, mas sua chave é a mais fraca até as quartas, com os maiores adversários sendo Chela, Verdasco, Kohlschreiber e Fish. Murray deve ter uma indigesta terceira rodada, contra um dos croatas Ljubicic ou Cilic, e quem sabe oitavas contra Gasquet ou Wawrinka, que não possuem jogo para bater o escocês, mas devem endurecer a partida. Roddick aparenta estar em fim de carreira, mas sempre rejuvenesce em Wimbledon, e tem adversários que pode superar tranquilamente. Os principais obstáculos podem surgir com o espanhol Lopez ou o croata Karlovic, pois não ponho fé em Monfils na grama.

A parte de baixo da tabela está bem mais fraquinha, começando com o caminho que na minha opinião levará Tsonga até as quartas, onde os maiores adversários são o espanhol Ferrer e o talentoso, mas caído, chileno Gonzalez. Federer pode ter um jogo chato contra Nalbandian mas é provável que chegue nas quartas sem perder nenhum set. Soderling terá dificuldade nas duas primeiras rodadas, contra Petzschner e o vencedor de Nishikori e Hewitt, mas depois não pega ninguém atás as quartas. Nole Djokovic nunca brilhou nas quadras de grama britânicas, mas seu caminho é uma piada, e ele só perde para si mesmo até a parte final da chave. Dependendo dos resultados, Nole poderá alcançar o tão sonhado posto de número 1 do ranking da ATP após o torneio, desbancando o domínio Fdeerer-Nadal que dura quase uma década no topo do ranking.

Como muitos especialistas e torcedores, estou achando que Roger Federer levará seu sétimo caneco em Wimbledon em 2011, empatando com Pete Sampras. Seu desempenho em Roland Garros foi brilhante, dando muito trabalho para Nadal, e parece que seu jogo evoluiu com a chegada do técnico Paul Annacone, que treinou Sampras no final da carreira, em situação semelhante à que se encontra o suíço atualmente. A revista Tennis publicou uma matéria muito interessante sobre um dos maiores jogos de todos os tempos, o único confronto entre estes dois monstros sagrados em Wimbledon, nas oitavas de 2001, quando o novato Federer bateu o veterano Sampras por 3 x 2, num jogo equilibradíssimo.

Acho que Federer enfrentará Murray na final, pois tenho a impressão que ele conseguirá bater Nadal numa provável semifinal, acabando com uma série de quatro finais consecutivas do espanhol em Wimbledon (Nadal não disputou 2009). Apesar disso, ainda não será desta vez que Murray conquistará seu primeiro Grand Slam. Acho que se ele continuar crescendo de produção e mantiver o foco, chegará a tal conquista em 2012, provavelmente na Austrália.

Previsões esportivas – Roland Garros 2011

Nadal participa do sorteio da chave de Roland Garros - http://www.rolandgarros.org

O Aberto da França de tênis, mais conhecido como Roland Garros, nome do aviador francês que foi dado ao estádio onde o torneio é disputado, terá início neste domingo, 22 de maio, encerrando-se duas semanas depois, em 5 de junho. O torneio possui imensa tradição e charme, pois é o único dos Grand Slams disputado no saibro, onde sempre ocorrem longas batalhas que exigem muita paciência, disciplina e principalmente preparo físico e mental por parte dos tenistas.

Pela primeira vez em muitos anos, Rafael Nadal não chega como mega favorito ao torneio, devido ao furacão Novak Djokovic, que não sabe o que é uma derrota desde o final de 2010, e vem atropelando todos os adversários neste ano, onde já conquistou sete títulos, incluindo o Grand Slam na Austrália e quatro dos cinco Masters disputados (ele não participou em Monte Carlo). Além disso, Roger Federer chega em baixa, com atuações fracas nos três Masters da temporada de saibro, onde com exceção de Madrid, jogou muito mal e foi derrotado por jogadores inferiores, como Jurgen Melzer e Richard Gasquet.

O sorteio desta sexta-feira foi relativamente cruel com Nadal e Djokovic, que devem chegar à final, mas antes terão muitas pedreiras pela frente. O cabeça-de-chave número um Nadal pegou na sua parte da tabela o melhor do segundo nível de cabeças-de-chave, o sueco Robin Soderling, único tenista a vencê-lo em Paris, e finalista dos últimos dois anos. Para piorar (não que algum seja perigoso para Nadal, mas…) ainda enfrenta um grande sacador logo de cara (John Isner), talvez o imprevisível Nikolay Davydenko na terceira rodada e o compatriota e rival Fernando Verdasco nas oitavas, antes do possível confronto com Soderling. Nada fácil. O caminho de Djokovic se complica com a possibilidade de enfrentar o cracaço argentino Juan Martin Del Potro na terceira rodada, quem sabe o brasileiro Thomaz Bellucci em seguida, e concluindo com Tomas Berdych nas quartas.

A chave de Andy Murray é a mais fácil de todas, sendo o único risco vindo por parte do novato canadense Milos Raonic na terceira rodada, e Federer também tem molezinhas, com exceção do provável duelo com o espanho David Ferrer nas quartas, que pode trazer uma zebrinha.

Após um resultado razoável na previsão do Aberto da Austrália em janeiro, aqui vão meus palpites para o torneio francês:

Para o torneio feminino, a partir das quartas-de-final, com os semifinalistas em negrito e os finalistas em itálico:

Wozniacki x Goerges / Zvonareva x Schiavone

Kvitova x Azarenka / Sharapova x Clijsters

Vou com a bielo-russa Victoria Azarenka na final sobre a bela alemã Julia Goerges. Azarenka é uma baita jogadora que tem tudo para se dar bem na França. Clijsters é uma incógnita no retorno de contusão e Wozniacki continua amarelando em grandes torneios. Sharapova venceu bem o Aberto da Itália na semana passada e chega com moral para tentar seu primeiro título em Roland Garros, o único dos Grand Slams que ainda não conquistou, mas acho que fica pelo caminho.

Como na chave feminina, aqui vão meus palpites a partir das quartas:

Nadal x Soderling / Murray x Almagro

Ferrer x Federer / Berdych x Djokovic

Mesmo querendo ver o primeiro título de Djokovic em Roland Garros, e a continuação da brilhante sequência de vitórias do sérvio, não consigo racionalizar uma vitória sobre Nadal no saibro francês. Djokovic ainda não provou ter a resistência suficiente para superar as batalhas deste torneio, e mesmo com a impressionante série de quatro vitórias seguidas contra o espanhol, incluindo os dois últimos Masters em saibro, bater Nadal na quadra central de Paris será uma façanha heróica. Desta forma, aposto no sexto título do espanhol no torneio.

A brutal temporada do tênis começa a pegar fogo na Austrália

Hisense Arena / Australian Open - Ben Solomon

O Australian Open, primeiro Grand Slam de tênis em 2011, começa na próxima segunda-feira, e representa o começo da exaustiva e longa temporada que tem sido o motivo de grandes discussões entre os principais tenistas e as entidades que organizam e administram o tênis mundial, principalmente ATP e WTA. Há alguns meses a ATP anunciou que estava chegando a um acordo para reduzir seu calendário em duas semanas, o que seria muito bom para os tenistas. Devemos levar em conta que, além do calendário da ATP, existem competições da ITF, como Copa Davis, que somam-se à já lotada agenda dos tenistas.

A chave masculina contará com todos os principais tenistas do ranking, fato raro nos últimos anos, e os confrontos foram anunciados nesta semana. Aqui vão meus palpites para o torneio, a partir das quartas-de-final, com os semifinalistas em negrito e os finalistas em itálico:

Nadal x Nalbandian / Soderling x Murray

Djokovic x Davydenko / Monfils x Federer

Acho que Rafael Nadal só perde se sentir alguma contusão, e acho que em 2011 ele terá uma grande oportunidade para conquistar o Grand Slam. Seu caminho até sa quartas está relativamente tranquilo, pois os piores confrontos para as quartas serão contra os Davids Nalbandian ou Ferrer. A diferença entre os top 5 e demais jogadores masculinos têm sido muito grande nos últimos anos, e não creio em grandes surpresas para esta Australian Open. A segunda parte da chave promete um confronto equilibradíssimo entre os cabeças-de-chave 4 e 5 Robin Soderling e Andy Murray, mas seria ótimo se tivéssemos uma ressureição do talentosíssimo argentino Juan Del Potro, que poderia trazer problemas para Nadal em um eventual confronto na semifinal. Outro que pode aparecer na semi desta parte é o francês Jon-Wilfried Tsonga, que também volta de um 2010 cheio de lesões e sempre joga bem em Melbourne.

Na parte de baixo da tabela, Novak Djokovic deve chegar fácil até as quartas, que pode ser contra um bando de adversários qualificados, como Tomas Berdych, Nikolay Davydenko ou Fernando Verdasco. O atual campeão Roger Federer também têm passe livre até as quartas, quando pode pegar o vencedor de Andy Roddick e o perigoso e imprevisível Gael Monfils, um tenista que têm muito talento mas pouca disciplina e determinação.

Vou de Nadal sobre Federer na final, mas sinceramente qualquer um dos quatro semifinalistas tem condições de levar o título, pois todos jogam bem na Austrália, e tanto Murray quanto Djokovic já provaram que podem bater Nadal e Federer em uma tarde feliz nas quadras.

A chave feminina tradicionalmente trás mais surpresas, e especialmente desta vez pode haver alguma zebra, já que não teremos a presença da campeã dos últimos anos, a americana Serena Williams. Como na chave masculina, aqui vão meus palpites a partir das quartas:

Wozniacki x Henin / Sharapova x Li

Jankovic x Clijsters / Stosur x Zvonareva

Não conheço tanto a chave feminina, e meu único destaque vai para um confronto nas oitavas entre Maria Sharapova e Venus Williams. Estou com fé na recuperação da bela russa e creio que ela possa chegar à final, onde perde da belga Kim Clijsters, na minha opinião junto com Serena Williams a melhor jogadora da atualidade. Da mesma forma que Nadal, creio que Clijsters virá com tudo em 2011, e só não fatura o Grand Slam pois não possui jogo e físico para superar as irmãs Williams em Wimbledon.