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Previsões esportivas: NFL Playoffs 2012

Green Bay de Aaron Rodgers é o favorito, mas terá pedreira pela frente - Bill Kostroun/AP/NFL.com

Janeiro é um mês relativamente fraco esportivamente, e a exceção fica por conta do futebol americano, que tradicionalmente dá o pontapé inicial para o novo ano com a disputa dos bowl games decisivos da NCAA e com o início dos playoffs da NFL.  Devido à minha ausência nas últimas semanas, serei obrigado a apresentar meus palpites a partir da fase divisional, que será disputada neste final de semana. Apenas uma das quatro partidas da repescagem realizadas no último final de semana trouxe emoção, e bote emoção. O time da casa ganhou com certa facilidade as três primeiras partidas, e esta sequência parecia estar prestes a cair quando o favorito Pittsburgh Steelers entrou em campo contra o Denver Broncos, que jogava em casa beneficiado pela conquista da fraca AFC Oeste, e tinha um retrospecto muito inferior do rival (8 vitórias dos Broncos contra 12 dos Steelers). E após três derrotas consecutivas que acabaram com a magia do quarterback Tim Tebow, merecidamente o novo queridinho da América, o jogo não despertava muito interesse para a maioria das pessoas. Ocorre que Tebow estava numa tarde inspirada e arrebentou no início do jogo, abrindo boa vantagem para os Broncos. Os Steelers resolveram jogar e empataram a partida no final, levando à primeira prorrogação da NFL sob novo formato, onde em caso do time que receber a bola inicialmente assinalar apenas um field goal, seu adversário terá a chance de empatar ou vencer a partida na próxima posse de bola. E não é que, na primeira jogada da prorrogação, Tebow achou seu receiver Demaryius Thomas, que bateu seu marcador e correu para um touchdown de 80 jardas, selando a vitória e o avanço dos Broncos para a próxima fase. E Tebow ainda se deu bem, pois seu contrato recheado de cláusulas de incentivo previa um bônus de US$250 mil em caso de classificação para esta nova fase.

Antes de palpitar sobre o desenrolar das próximas semanas, gostaria de revisitar meus palpites de setembro, o que me traz bastante satisfação pela grande quantidade de acertos. Acertei oito dos doze times classificados para os playoffs, e o único palpite ruim foi colocar o pífio St. Louis Rams como vencedor da NFC Oeste, e depois ver o time acabar com apenas duas vitórias na temporada. Estou receoso em relação ao meu palpite para o Super Bowl, devido à grande irregularidade do New Orleans Saints nas partidas fora do Superdome. Acho que a disputa está bastante aberta na NFC, pois os quatro times (Green Bay Packers, San Francisco 49ers, Saints e New York Giants) possuem equipes fortes e capazes de vencer todos os adversários, de ambas as ligas. Não ponho fé em mais uma partida mágica dos Broncos, e acho que os desfalques no ataque não permitirão um maior avanço do forte Houston Texans, que classificou-se pela primeira vez aos playoffs e venceu sua partida de estréia no último sábado.

Meus palpites, bastante guerreiros, para o restante dos playoffs:

NFC Divisional:

Green Bay Packers 23 x 27 New York Giants

San Francisco 49ers 17 x 30 New Orleans Saints

AFC Divisional:

New England Patriots 27 x 13 Denver Broncos

Baltimore Ravens 24 x 16 Houston Texans

NFC Championship:

New Orleans Saints 34 x 30 New York Giants

AFC Championship:

New England Patriots 27 x 31 Baltimore Ravens

Super Bowl XVI:

New Orleans Saints 30 x 23 Baltimore Ravens

Vou manter meu palpite da pré-temporada e torcer para o segundo título dos Saints nos últimos três anos, pois adoraria rever o craque Drew Brees no Super Bowl novamente. Tenho certeza que os três jogos da NFC serão espetaculares, bem como a provável decisão da AFC. A conquista do time seria um final perfeito para o incrível ano do quarterback que tivemos, onde Brees destruiu o recorde de quase 30 anos de Dan Marino. Além de Brees, Tom Brady e Aaron Rodgers também tiveram atuações fenomenais, num nível jamais visto anteriormente na NFL.

Tenho certeza que os próximos finais de semana serão deliciosos para nós, fãs desta maravilhosa liga.

Super Bowl eletrizante entre duas das principais franquias da NFL

O Super Bowl XLV (45 para os que têm dificuldade com algarismos romanos) será disputado daqui a 10 dias, às 21h30 (Brasília) do dia 6 de fevereiro, pela primeira vez na cidade de Dallas, TX, no magnífico Cowboys Stadium. A partida deve ser transmitida para o Brasil pelo canal Band Sports, que não está disponível nos pacotes comuns de algumas operadoras, portanto os interessados devem se programar para decidir onde e como acompanhar este jogaço.

Nos meus posts prevendo a temporada e depois os playoffs da NFL em 2010, ofereci meu palpite com Green Bay Packers e Baltimore Ravens na disputa pelo Super Bowl, com vitória para o time de Baltimore. Ocorre que eles foram derrotados pelos arqui-rivais Pittsburgh Steelers na semifinal da Conferência Americana, em uma partida emocionante e cheia de troca de vantagem no placar. Os Steelers têm um timaço, e venceram devido a uma grande recuperação no terceiro quarto, quando os Ravens cometeram três turnovers e permitiram a reação do time da casa, que também foi ajudado (parecem o Corinthians da NFL, sempre contando com uma forcinha da arbitragem) por faltas fantasmas que invalidaram um claríssimo touchdown dos Ravens no final do jogo e os já tradicionais pass interferences que os zebras (apelido dos juízes) tiram da cartola. Independente disso, Steelers e Packers chegaram com merecimento ao Super Bowl e devem proporcionar um belo espetáculo, pois possuem as melhores defesas da liga e são liderados por dois dos principais quarterbacks da atualidade, Aaron Rodgers (Packers) e Ben Roethlisberger (Steelers).

Os Packers são a franquia com maior número de títulos da história da NFL, com 12 conquistas, sendo 3 delas no Super Bowl. Por outro lado, os Steelers eram um time moribundo até o início dos anos 70, quando Chuck Noll montou um esquadrão e, desde então tornaram-se os maiores campeões da era do Super Bowl, com 6 títulos do grande jogo. A habilidade gerencial dos proprietários dos Steelers, a família Rooney, é tanta que, desde 1969, a franquia teve apenas 3 treinadores (Noll, Bill Cowher e o atual Mike Tomlin). Os Packers mudaram um pouco mais de treinadores, mas o grande destaque foi a lenda Vince Lombardi, que comandou o time para 5 títulos na década de 60, e foi homenageado pela NFL, tendo seu nome imortalizado no lindo troféu (abaixo) que premia o vencedor do Super Bowl.

Vince Lombardi Trophy - Paul Spinelli/Getty Images

Os Steelers chegam ao terceiro Super Bowl nas últimas seis temporadas, e esta experiência pode contribuir para um favoritismo, mas os Packers possuem um ataque voador impressionante, com inúmeras opções de wide receivers de altíssimo nível, especialmente pelos craques Greg Jennings e Donald Driver. Outro fator que pode impactar muito o jogo está nos desfalques da linha de proteção ofensiva dos Steelers, que estará desfalcada de quatro dos cinco titulares, o que pode prejudicar o jogo corrido e expor Big Ben a muita pressão da frente defensiva dos Packers, uma das armas do time.

Espero um jogo com pontuação na casa dos 20 pontos, e com vitória para os Packers, pois o time está com cara de campeão e mais equilibrado em ambos os lados da bola. Green Bay 27 x 23 Pittsburgh, com Aaron Rodgers MVP.

Playoffs da NFL começam com emoção e surpresas

Craque Aaron Rodgers comemora pelos Packers - Espn.com, Al Bello/Getty Images

Devido às minhas férias e agenda incontrolável, não comentei sobre o encerramento da temporada regular da NFL na semana passada, e por isso não dei minhas opiniões sobre a mesma nem os playoffs, que começaram ontem e há alguns minutos encerrou-se a última partida do Wild Card.

Meu post de 9 de setembro, na véspera do início da temporada, apresentava meus favoritos para cada uma das divisões e para o Super Bowl. Acertei metade dos classificados na NFC e quatro dos seis na AFC. Apesar de não serem favoritos neste momento, vou manter meu palpite para o Super Bowl dado em setembro, com a vitória do Baltimore Ravens sobre o Green Bay Packers.

Sei que é fácil dar palpite depois do páreo corrido, mas meus picks para o Wild Card eram New Orleans, NY Jets, Baltimore e Green Bay, e acabei errando na surpreendente vitória do Seattle Seahawks, primeiro time na história da NFL (quase 90 anos) a chegar ao playoff com mais derrotas que vitórias, sobre o campeão do ano passado, o New Orleans Saints.

O fato mais legal das próximas rodadas dos playoffs está nos grandes confrontos entre rivais que se odeiam, e já enfrentaram-se duas vezes na temporada. Acho que o New England vence o NY Jets e que o Baltimore passa pelo arqui-rival Pittsburgh. Depois os Ravens batem os Patriots e o provável MVP Tom Brady debaixo de neve e frio em Boston, chegando ao Super Bowl. Na NFC creio que o Green Bay vence em Atlanta e faz o mega clássico em Soldier Field contra o Chicago, que passa fácil pelo Seattle. Os rivais da NFC North farão um jogo de muita defesa, provavelmente também sob muito frio e neve, mas os visitantes da terra do queijo levam a melhor pela presença de Aaron Rodgers, na minha opinião um dos melhores quartebacks da liga.

Como de costume, a temporada trouxe gratas surpresas e terríveis decepções. As surpresas positivas foram a linda campanha do Tampa Bay, com o despontar do garoto QB Josh Freeman jogando certinho, do St. Louis com o novato QB Sam Bradford e do Kansas City. Estas equipes vinham de diversos anos muito ruins e cresceram bastante em 2010. As decepções foram várias, mas as principais foram o Minnesota e suas patéticas polêmicas a cada semana, o meu querido e cada vez mais ridículo Washington, que continua sem comando e tomando sempre as decisões erradas, e o Tennessee, que caiu muito de produção e só não dispensou o treinador Jeff Fisher porque o ele é bom demais e a cara da equipe.